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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

GoldenEye 007: Reloaded

Quase 15 anos se passaram desde que GoldenEye 007 despontou no Nintendo 64 pela primeira vez. A adaptação para os video games do filme homônimo trouxe para o console da Nintendo toda a ação e glamour típicos de uma aventura de James Bond.
Gráficos de ponta e uma jogabilidade afiada (para a época) mostraram todo o poder da Rare e o potencial dos jogos de tiro em primeira pessoa. O título foi um verdadeiro marco do gênero e cativou uma legião de fãs.
Agora, uma nova leva de jogadores assume os controles e a dinâmica dos jogos de tiro já não é mais a mesma. Sob os cuidados da Eurocom, GoldenEye 007 retorna aos video games, agora em alta definição, para uma nova aventura, mas será que o jogo oferece alguma novidade ou se sustenta apenas com o saudosismo dos fãs.

Aprovado

Licença para matar
Um dos elementos mais interessantes do primeiro GoldenEye era a forma dinâmica como misturava ação furtiva e sequências de combates intensos. Esse diferencial está de volta em Reloaded, porém, ainda mais integrado e consistente.
Como todo bom espião, James Bond prefere se ocultar nas sombras e se esgueirar atrás de muretas. No entanto, quando a situação se complica disparos precisos e movimentos ágeis são essenciais para avançar pelas linhas inimigas.
Com comandos bem ajustados e novas funcionalidades, a jogabilidade de GoldenEye 007: Reloaded apresenta uma ação fluida e extremamente envolvente. Além disso, apesar de desnecessária, a “atualização” do jogo — que alterou elementos da narrativa e até mesmo os atores que participaram da adaptação original — também proporcionou algumas possibilidades interessantes.
00Geek
Aproveitando a deixa de James Bond 007: Blood Stone, última edição da franquia para os video games, Reloaded substitui o relógio multifuncional utilizado por Pierce Brosnan em GoldenEye, por um smartphone capaz de interagir com diferentes elementos do cenários.
Graças a esse item, você encontrará uma série de objetivos secundários, que adicionam algumas boas horas de jogo para serem devidamente completadas. Assim, além de simplesmente reproduzir a campanha original, a Eurocom conseguiu oferecer algo próprio.
Saída pela direita
Outra situação interessante é a existência de rotas alternativas. Os jogadores mais pacientes poderão explorar o cenário em busca do caminho mais apropriado para o seu estilo de jogo. Não se trata de algo muito elaborado, com grande impacto no desenrolar da trama.
Entretanto, o design dos níveis — apesar de reminiscentes do original — compreendem diferentes formas de se chegar ao objetivo. Todos esses componentes aumentam ainda mais a exploração, embora a maioria dos níveis seja bastante linear.
Balas, computadores e socos
GoldenEye pode ter revolucionado o gênero FPS quando foi lançado 15 anos atrás, porém, muito mudou desde que o jogo despontou pela primeira vez no Nintendo 64. Atenta a essas mudanças a Eurocom, sabiamente, atualizou a dinâmica de jogo para albergar vários dos elementos que hoje são comuns à maioria dos títulos de tiro em primeira pessoa.
Um bom exemplo é a introdução de um sistema de cobertura. Em Reloaded você pode se proteger dos oponentes atrás de barreiras presentes no cenário. Para sair da cobertura basta se levantar, ou pressionar o botão de mira, para tentar disparar enquanto protegido.
Outro elemento que adiciona nova vida à jogabilidade é o sistema de combate corpo a corpo (melee). O esquema de luta corporal é simples e eficaz. Você pode se esgueirar por trás de um oponente para eliminá-lo silenciosamente ou simplesmente desferir golpes no meio da correria.
Escola de espiões
O multiplayer sempre foi um dos componentes mais celebrados do título original. Agora, com as inovações próprias dos consoles de sétima geração não era de se estranhar que esse elemento fosse um dos maiores destaques da produção.
Com suporte para partidas locais — com até quatro jogadores em tela dividida — e online, o multiplayer de Reloaded é envolvente e extremamente divertido.
O modo online permite, que permite até 16 jogadores simultâneos, oferece modalidades clássicas e algumas novidades. Além disso, você também encontrar uma robusta seleção de personagens; todos extraídos diretamente da longa franquia cinematográfica de James Bond.

Reprovado

Espionagem industrial
Os gráficos estão muito bem trabalhados e agradam em vários aspectos, porém, não são perfeitos e ainda apresentam alguns pequenos problemas. Na verdade não se trata de nada que vá prejudicar a jogabilidade, mas durante nossas sessões de teste conferimos alguma instabilidade na taxa de quadros por segundo (fps).
Na direção de arte também fica o destaque negativo para o trabalho de voz. Mais uma vez o protagonista aparece desprovido de emoção. As dublagens de James Bond são secas e não evocam o mesmo clima do original, que sequer possuía tal recurso sonoro.
Img_normalSão poucas as observações negativas em relação ao jogo. Em relação a jogabilidade em si o ponto negativo fica por conta dos mini games contextuais (qte) que parecem um tanto deslocados dentro da ação.
GoldenEye 007: Reloaded não é nenhuma obra prima, mas agrada em sua simplicidade. O título não tenta ser mais do que realmente é, e por isso mesmo não incorre em muitos erros.

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